No dinâmico cenário educacional atual, instituições de ensino precisam de ferramentas tecnológicas que simplifiquem processos e potencializem resultados. É neste contexto que o Lápis 360 surge como uma solução completa e inovadora para gestão escolar.
O Que Torna o Lápis 360 Único?
O Lápis 360 não é apenas um software, mas uma plataforma integrada desenvolvida especificamente para atender instituições de ensino em todos os níveis – da educação infantil ao ensino superior. Com quase 30 anos de experiência no mercado educacional, a solução foi criada por profissionais que verdadeiramente compreendem os desafios do setor.
Características Principais
Gestão Integrada: Módulos que cobrem desde secretaria até tesouraria
Multiplataforma: Acesso via web e aplicativo móvel
Nuvem: Sem preocupações com instalação ou backup
Flexibilidade: Adaptável a diferentes modalidades de ensino
Módulos que Transformam a Gestão Escolar
Secretaria Acadêmica
Gerencie matrículas, documentação, prontuários e registros acadêmicos com total eficiência, incluindo:
Prontuário eletrônico
Diário de classe digital
Relatórios personalizáveis
Financeiro
Controle total das finanças com:
Geração de boletos
Integração bancária
Acompanhamento de fluxo de caixa
Redução da inadimplência
Comunicação
Conecte toda a comunidade escolar:
Portal do aluno
Comunicação com responsáveis
Acompanhamento de desempenho
Benefícios Estratégicos
Aumento da Retenção: Redução da evasão escolar
Produtividade: Otimização dos processos internos
Tomada de Decisão: Dashboards e relatórios inteligentes
Experiência Educacional: Foco no aluno, não em processos burocráticos
Tecnologia SaaS: O Futuro da Gestão Educacional
O Lápis 360 opera no modelo Software as a Service (SaaS), garantindo:
Atualizações automáticas
Segurança dos dados
Acesso facilitado
Custo-benefício superior
Conclusão
Mais do que um software, o Lápis 360 é um parceiro estratégico para instituições de ensino que buscam excelência, tecnologia e resultados transformadores.
Os professores da rede pública estadual de São Paulo articularam uma mobilização contra as plataformas digitais nas escolas. No ano passado, o governo estadual implementou um sistema de ensino baseado em aplicativos, com conteúdo e atividades pré-estabelecidas.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma que o método tira autonomia dos professores e convocou os profissionais a não usarem as plataformas ao longo da próxima semana. O sistema, no entanto, registra se o material foi usado ou não em sala de aula. Os acessos à plataforma se tornaram um dos fatores medidos para avaliar escolas e profissionais.
Falta de autonomia
“Você não pode padronizar uma rede do tamanho do estado de São Paulo, com a diversidade e com a especificidade que cada escola, cada região tem. O aplicativo faz isso. E o professor, se ele não estiver seguindo o aplicativo, o próprio sistema já comunica à direção da escola e o diretor é obrigado a ir até a sala de aula, chamar a atenção do professor”, critica o presidente da Apeoesp, Fábio Moraes.
O método, segundo ele, provocou praticamente o abandono dos livros didáticos e impede que o professor busque formas diferentes de abordar os conteúdos em sala de aula. “Nós queremos tecnologia, escolas estruturadas, profissionais valorizados e nós queremos resguardar a nossa liberdade de cátedra. Se eu achar que a plataforma é melhor, eu uso a plataforma. Se eu achar que aquele assunto, o livro, aborda melhor, eu uso o livro. Se eu quiser, eu elaboro o meu material com os meus alunos. Quantas vezes não fizemos isso? Então hoje, esse direito do professor está sendo ceifado”, acrescenta o sindicalista.
Material com erros
Em 2023, o governo de São Paulo chegou a anunciar que iria deixar de participar do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD) do Ministério da Educação (MEC), que fornece gratuitamente livros para serem usados pelas redes de ensino. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou à época que não usaria livros físicos em sala de aula e que os alunos teriam apenas material digital.
Após a repercussão negativa e uma decisão judicial contrária à saída da rede estadual do PNLD, o governo informou que continuaria a receber os livros do programa nacional. Na ocasião, também foram identificados erros grosseiros de informação no material elaborado pela secretaria estadual.
Em um dos trechos, era dito que, em 1888, Dom Pedro II assinou a Lei Áurea, quando, na verdade, a lei que encerrou a escravidão institucionalizada no Brasil foi assinada pela filha do monarca, a Princesa Isabel. Em outro trecho se afirmava, também de forma equivocada, que o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade é transmissível pela água.
Moraes diz que a falta de qualidade continua sendo uma crítica ao material didático que tem sido oferecido pela secretaria de educação. “Nós temos material melhor. Nós podemos criar material melhor. Nós temos livros didáticos melhores que a rede”, diz.
Neste ano, o governo de São Paulo anunciou que vai usar ferramentas de inteligência artificial para elaboração do material didático para a rede estadual. “As aulas que já foram produzidas por um professor curriculista, e já estão em uso na rede, são aprimoradas pela IA [inteligência artificial] com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula”, afirmou a secretaria de educação em abril.
Em nota enviada, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo diz que “as plataformas digitais são recursos tecnológicos agregadores na produção pedagógica desenvolvida em sala de aula, fazendo parte do conteúdo ministrado pelos docentes, e continuam sendo utilizadas normalmente”.
Ainda segundo a pasta, “todos os recursos oferecidos pela a Secretaria da Educação têm o objetivo de aprimorar as habilidades dos estudantes e promover o avanço dos índices educacionais de São Paulo”.
*Matéria ampliada às 17h06 do dia 13 de maio para inclusão de posicionamento da Secretaria de Educação.
Os secretários estaduais de Educação e os conselhos Nacional, estaduais e Distrital de Educação pedem que as mudanças no ensino médio, que estão em fase de elaboração pelo Ministério da Educação (MEC), ocorram apenas a partir de 2025. Em posicionamento conjunto, eles argumentam que o novo ensino médio já foi implementado em todos os estados e que as mudanças exigirão um período de transição factível.
“Qualquer mudança a ser implementada exige um período de transição factível, motivo pelo qual as decisões a serem encaminhadas a partir da consulta pública devem ser implementadas apenas a partir do ano letivo de 2025”, defendem os secretários e conselheiros. Eles dizem que eventuais mudanças implicariam em novos ajustes e regulamentações, incluindo a reescrita do referencial curricular, o que seria inviável de ser feito a tempo para o ano letivo de 2024.
O posicionamento conjunto do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Conselho Nacional de Educação (CNE) e Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) foi encaminhado nesta segunda-feira (21) ao MEC.
Os secretários e conselheiros destacam também no posicionamento quatro aspectos que consideram essenciais na oferta do ensino médio. Além das regras de transição em um período considerado factível, eles pedem a manutenção do ensino a distância (EaD) tanto na formação geral básica, que é a parte do conteúdo estipulado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e que é comum a todas as escolas do país, quanto nos itinerários formativos, que é a parte escolhida pelos estudantes para aprofundamento mediante a disponibilidade de cada rede.
Segundo eles, o ensino mediado por tecnologia “é pré-requisito para viabilizar a implementação da reforma no turno noturno e necessário ao equacionamento das especificidades territoriais de cada região (vazios demográficos, educação indígena, educação do campo, educação quilombola, dentro outros)”. O texto aponta ainda questões de infraestrutura, logística de transporte escolar e falta de professores como argumentos para se manter a oferta em EaD.
Além disso, os secretários e conselheiros defendem que 2,1 mil horas das 3 mil horas do ensino médio sejam dedicadas à formação geral básica e que os itinerários formativos sejam reduzidos de dez para dois, sendo um composto por linguagens, matemática e ciências humanas e sociais e outro por linguagens, matemática e ciências da natureza. Os estudantes podem optar ainda pela trilha formativa em educação profissional e técnica.
Revisão
O Novo Ensino Médio foi aprovado em 2017 pela Lei 13.415/2017, e foi implementado no ano passado, nas escolas de todo o país. O modelo é alvo de críticas e, ao assumir o governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se a revê-lo.
No primeiro semestre deste ano foi aberta a Consulta Pública para Avaliação e Reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio. No dia 7 de agosto, o MEC divulgou o sumário com os principais resultados da consulta. Ao todo, foram recebidas mais de 11 mil contribuições de 9 de março a 6 de julho.
Entre as propostas de mudança apresentadas pelo MEC com base na consulta estão a ampliação da carga horária da parte comum, a recomposição de componentes curriculares e o fim da educação a distância (EaD) para a Formação Geral Básica, com exceção da educação profissional técnica, que terá oferta de até 20% nesse formato. A EaD também poderá ser aplicada em situações específicas, como no caso da pandemia.
Após a divulgação do sumário, o MEC abriu um prazo para que as entidades educacionais e órgãos normativos se manifestassem em relação ao documento. Nesta segunda-feira (21), termina o prazo.
Outras entidades também se manifestaram. Para a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a lei do Novo Ensino Médio deve ser imediatamente revogada. Os estudantes apontam que da forma como vem sendo aplicada, a lei apenas aumenta as desigualdades entre os estudantes que dependem das condições de oferta e de qualidade de cada rede de ensino.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação divulgou nota técnica na qual defende a “garantia de 2,4 mil horas destinadas à Formação Geral Básica como um passo crucial para a garantia de uma formação sólida de nossos estudantes”; a entidade defende também a educação 100% presencial, sem exceção, e a importância de aumentar os recursos públicos para a educação pública e implementar um conjunto de critérios que assegurem a excelência das condições oferecidas, de acordo com o Custo Aluno Qualidade (CAQ), garantindo o padrão de qualidade previsto constitucionalmente.
Até chegar às salas de aula, as propostas ainda têm um caminho a percorrer. Agora, o MEC consolidará uma versão final do relatório, que será enviada para a apreciação do Congresso Nacional. As propostas do MEC para o ensino médio também serão apresentadas para as comissões de Educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para que possam contribuir com o relatório final, com base nas informações coletadas em audiências públicas realizadas pelas casas legislativas.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) garantiu que o Censo Demográfico 2022 está sendo realizado de forma transparente, com vários mecanismos de controle. Acrescentou que a pesquisa segue rigorosamente as etapas necessárias, o que assegura qualidade em todas as fases da operação. Foram visitados até o dia 24 deste mês, cerca de 89 milhões de domicílios. Até agora, 184 milhões de pessoas recenseadas.
O IBGE destacou que a qualidade da cobertura de um censo, durante a operação, é acompanhada por meio de indicadores do sistema de supervisão e de modernas e inéditas ferramentas de geotecnologia, além de retorno a campo para verificação in loco (no lugar).
Além disso, o Censo 2022 conta com a Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE), feita por amostra de setores censitários. A principal intenção é oferecer recursos para a avaliação da cobertura e da qualidade da coleta.
“A PPE tem início quando os setores selecionados estiverem completamente coletados e supervisionados pelo Censo. A divulgação da PPE está prevista no plano de divulgação do Censo 2022”, esclareceu.
O IBGE informou, ainda, que está dedicado a minimizar os efeitos do atraso na conclusão da operação censitária para a qualidade dos resultados. “Ressaltamos que cerca de 65% da coleta das informações do Censo 2022 foi feita até o mês de outubro. Destacamos ainda que se trata de uma pesquisa com coleta eletrônica, o que reduz a possibilidade de erro durante a captação das informações, visto que as datas de referência da pesquisa fazem parte das perguntas inseridas no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC)”, emendou.
Acrescentou que “existem perguntas de cobertura para verificação das informações, além da etapa de supervisão prevista”.
O órgão revelou, também, que os dois atrasos que impediram a realização do Censo em 2020 e 2021 resultaram em aprimoramento de alguns processos de operação.
A realização de testes nacionais – que ainda não tinham sido feitos – foi considerada pelas equipes de campo do IBGE como uma boa prática. Neles, foi visitada pelo menos uma localidade em cada estado do Brasil, com cerca de 40 mil domicílios analisados e 111 mil pessoas recenseadas. “Foi uma grande oportunidade de se testar com sucesso todas as etapas da operação, além de capacitar as equipes envolvidas e implementar melhorias nos processos de coleta e controle”, disse o instituto.
Falta de pessoal
De acordo com o IBGE, a falta de pessoal, especialmente para a coleta de dados, causou o prolongamento do período da pesquisa. Um dos motivos notados pela instituição para a escassez, em alguns municípios, tem relação com outras oportunidades de emprego existentes no local.
Para reduzir o problema, o IBGE adotou ações como a edição de medidas provisórias com o objetivo de flexibilizar o recrutamento e permitir a contratação de servidores públicos aposentados. Além disso, aumentou a remuneração dos recenseadores, implementou o pagamento de ajuda locomoção das equipes e fez acordos com secretarias municipais de saúde e universidades.
O IBGE reconheceu que, apesar da publicidade paga não tenha dido o alcance desejado, o instituto contou com a divulgação pela imprensa de todas as etapas preparadas para o Censo 2022, incluindo os Processos Seletivos, testes em Paquetá e Nacional, a Pesquisa do Entorno, o Lançamento do Censo no Museu do Amanhã, o Início da Coleta Domiciliar e Acompanhamento da Coleta em territórios quilombolas e indígenas. Esses processos também contaram com a visita de observadores internacionais de 18 países, dos balanços mensais da coleta e da divulgação dos resultados prévios.
Dados do clipping contratado pelo instituto indicam que, desde o início da coleta, o Censo conseguiu pelo menos nove mil matérias veiculadas, no âmbito nacional e regional. Observou que todas as críticas publicadas pela imprensa “foram tratadas e discutidas em entrevistas coletivas e individuais promovidas pelo próprio IBGE, sempre comprometido a garantir a máxima transparência institucional”.
Desafios
No caminho do Censo, o IBGE precisou enfrentar muitas dificuldades na pesquisa. Algumas delas foram as mudanças estruturais na sociedade, que impactam diretamente na operação, como o maior número de domicílios com apenas um morador, mudanças no mercado de trabalho e questões relacionadas à segurança.
“Esses fatores têm dificultado cada vez mais o acesso dos recenseadores aos moradores. Salientamos que não é somente o Censo que sofre com a falta de acesso a parte da população, este fenômeno também vem sendo observado nas pesquisas domiciliares por amostragem”, indicou.
Para a realização do Censo, o IBGE teve, em 2022, a dotação orçamentária de R$ 2,29 bilhões. Desse valor foi liquidado R$ 1,76 bi e aproximadamente R$ 484 milhões foram inscritos em restos a pagar não processados. “Para o ano de 2023, a dotação orçamentária é de R$ 233.873.573”, esclareceu.
A aquisição dos dispositivos móveis de coleta e de tablets usados pelos recenseadores, diferente dos censos anteriores, foi feita em parceria com o Ministério da Saúde, que receberá os equipamentos ao final da pesquisa. “O IBGE não arcou com os custos de aquisição destes equipamentos”, informou.
O órgão destacou também a colaboração, de forma inédita, de agentes de saúde, considerados plenamente aptos a trabalhar no Censo, tanto por terem sido treinados e capacitados, como pelo conhecimento do território que costumam percorrer em suas tarefas diárias. Outro fator relevante da atuação dos agentes é a experiência deles de abordagem aos moradores, que, conforme o IBGE, representa uma habilidade essencial na coleta.
“Destacamos que – durante o processo de treinamento – ficou clara a capacidade desses agentes em lidar com o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE). Muitos desses agentes estão atuando em aglomerados subnormais, locais de difícil acesso, mas que eles já conhecem. Cabe esclarecer que esses agentes foram recrutados como recenseadores, seguindo todos os trâmites de contratação e capacitação previstos”.
Justiça
A nota do IBGE foi divulgada ontem (24), um dia depois da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que suspendeu a aplicação dos dados populacionais do Censo 2022, que ainda não foi concluído, para definir os valores para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O ministro definiu que o FPM deste ano tenha como patamar mínimo os coeficientes de distribuição utilizados no exercício de 2018. Depois da concessão de liminar, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) lembrou que o ministro também determinou que os valores já transferidos a menor serão compensados nas transferências subsequentes.
No dia 28 de dezembro de 2022, acompanhando determinação da legislação, o IBGE encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU) os dados preliminares de população no Brasil apurados até aquele momento no Censo 2022.
A liminar, que ainda será submetida ao plenário, foi deferida em resposta à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1043, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), de que a Decisão Normativa 201/2022 do TCU causa prejuízo no valor recebido pelos municípios, pois o critério estipulado não contempla a totalidade da população. Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) indica que a nova metodologia causaria prejuízo de R$ 3 bilhões para 702 municípios.
Entrega
O IBGE informou, ainda, que os resultados definitivos do Censo referentes à população dos municípios serão conhecidos em abril de 2023.
Antes disso, o fim da cobertura completa dos setores censitários está previsto para janeiro deste ano. Os responsáveis pelos domicílios que ainda não foram recenseados devem ligar para o Disque-Censo (137). “Serviço disponibilizado pelo IBGE para que a população possa exercer sua cidadania e agendar a visita de um recenseador em seu domicílio”, completou o IBGE em nota divulgada há pouco, no Rio de Janeiro.
Em fevereiro e março, terá andamento “o processo de revisão, de controle de qualidade e de apuração do Censo, com tentativas de reversão de recusas, revisitas a domicílios com morador ausente para realização de entrevistas, além de verificação de domicílios vagos, de uso ocasional, possíveis duplicidades e omissões e preparação para divulgação”, finalizou.
Tornar-se adulto, bem sabemos, não é nada fácil. Mas o que significa, nos dias de hoje, crescer? A Geração Z, formada por pessoas nascidas entre os anos 1995 e 2010, está aí para mostrar como é ser jovem em meio a crises. Eles estão amadurecendo entre avanços tecnológicos e colapsos socioeconômicos, políticos e ambientais.
Diante de tantos acontecimentos, muitas vezes polarizados, não faltam estereótipos sobre essa geração, sua linguagem e seu comportamento. Entre os Gen Z, há incoerência e conflitos — algo comum para os adolescentes desde sempre —, mas há também fluidez e, sobretudo, vozes diversas, dispostas a protagonizar seus próprios discursos.
E que lugar é mais democrático e acolhedor para esses jovens do que o YouTube? Na plataforma, essa geração encontrou terreno fértil para se entender, explorar possibilidades, adquirir todo e qualquer tipo de conhecimento e, claro, hablar.
É sobre isso que trata este artigo, “Adultecer (s)em crise”, um estudo que mostra o que se passa (ou parte disso) nas cabeças da Geração Z brasileira. A pesquisa, fruto de uma parceria entre float e YouTube, joga holofotes no desejo e na criatividade dessa juventude que, entre o medo e a esperança, a aleatoriedade e o muito específico, o on e o off-line, se expõe e se comunica.
Vibe 1: passando de fase
Para entrar na vida adulta, é preciso ter disposição e habilidade. Bem longe da meritocracia, os Gen Z já entenderam que as barreiras estruturais existem, mas podem ser combatidas com uma solução: hackear o sistema. Uma geração que nasceu com toda a informação do mundo na ponta dos dedos não pode ser subestimada.
Nessa missão, o YouTube é uma ferramenta importante, já que por lá se ensina e se aprende de tudo. Não é coincidência que 94% dos usuários da plataforma relatam ter aprendido como resolver problemas práticos com a ajuda do YouTube.1 E mesmo em tempos complicados, essa juventude opta por não seguir um roteiro definido, busca criar suas próprias estratégias e definições de sucesso.
Fonte: Oxford Economics User Survey. Brasil, maio de 2022.
E esse jeito diferente de lidar com os desafios pode começar dentro de casa, para aprender a se virar com pouco dinheiro e da forma mais prática possível — e, por que não, fazer uma graninha extra.
Foi pensando em receitas que não precisam de muitos ingredientes e ficam prontas em poucos minutos, tudo simples e rápido, que o jovem mineiro Lucas Souza ensinou seus espectadores a fazer danoninho em casa. O sucesso foi tão grande que o vídeo já soma mais de 12 milhões de visualizações, juntando-se a outros tantos que alcançam os milhões no Pobre na cozinha, canal comandado por Lucas, com 1,7 milhão de seguidores.
Não fica atrás Eduardo Reis, do canal Menino Prendado. O paranaense, que também experimenta na área das receitas práticas na cozinha, tem mais de 6,7 milhões de views em seus 10 vídeos mais acessados. Como se não bastassem essas conquistas, com o tempo e o aumento de preços no Brasil, Eduardo passou também a ensinar seu público a economizar ao comprar no supermercado. O interesse do público foi tão grande que os vídeos se transformaram numa série mensal.
Ainda na temática da criatividade em tempos difíceis, para ajudar quem perdeu o emprego com a pandemia, Kim Walachai criou um canal homônimo em 2020 mostrando formas de descolar uma grana durante o isolamento. Desde então, ela recheia seu espaço com formas diversas de ganhar dinheiro sem sair de casa e destrincha todos os processos para seus seguidores.
Vibe 2: cabeça boa
Preocupados, pressionados, ansiosos, depressivos. Tem um mar de memes sobre o que a Geração Z sente. Se, por um lado, os níveis de bem-estar social e emocional dessa são os mais baixos entre todas as gerações2, por outro, conscientes de suas fragilidades, eles falam sobre saúde mental sem tabu — e isso está dentro do guarda-chuva do autocuidado.
O fato de o bem-estar ser uma grande pauta e haver muita informação disponível a esse respeito faz com que muitos consigam identificar, desde os primeiros sinais, quando não estão bem.
Fonte: Google/ Offerwise, YouTube Vibes Gen Z, n=1,000 entrevistas, 18-24 anos, Outubro/2022.
Outro forte traço da Geração Z é o humor. A “zoeira BR” é um santo remédio para rir das próprias tragédias, mas também uma ferramenta de percepção e análise do que acontece ao redor. É a juventude nacional mais uma vez redefinindo seus mecanismos de defesa, brincando com coisas sérias enquanto pensa sobre elas.
Fonte: YouTube Vibes #7. Adultecer (s)em crise. Brasil, junho-outubro, 2021.
Na plataforma, não faltam espaços para falar de coisas importantes com graça, como é o caso do #segueofio, criado pelo site de notícias g1, para os que se sentem ansiosos ao acompanhar as notícias. Lá os espectadores são atualizados sobre os principais tópicos da semana, mas sem stress, de forma dinâmica e engraçada.
Outro canal, o Vida Simples, tem um formato “conversa de peito aberto”. Lá, Junior Kuyava compartilha ensinamentos que o tiraram de um estado de ansiedade e angústia e o levaram para uma nova fase, com mais simplicidade e significado. Sem amarras e de maneira franca, do jeito que os Gen Z gostam.
O canal Ludo Viajante, por sua vez, possui quase um milhão de assinantes e traz reflexões sobre temas do cotidiano, usando para isso ciência, filosofia e figurinhas de gatos tristes. O criador Thiago Souza se conecta à audiência com uma linguagem transparente e divertida, cheia de referências e analogias à cultura pop.
Vibe 3: isolamento (in)voluntário
Nascer com a internet é ter o mundo a um clique de distância. Não podemos esquecer que parte da Geração Z é nativa digital. No entanto, em tempos demasiado tecnológicos, sobram recursos de conexão e parecem faltar experiências de intimidade. No Brasil, por exemplo, 4% dos adolescentes afirmaram não possuir amigos próximos.3
Quando falamos em amor e sexo, essa juventude está buscando novas abordagens e códigos diferentes dos já estabelecidos. E por mais que tenham multidões de seguidores e milhares de mensagens em suas redes sociais, esses jovens não necessariamente possuem “bateria social” para encontrá-los.
Talvez por se voltar muito para si, essa geração está mais atenta à forma como se conecta com o outro e com o mundo. Esse isolamento, que de involuntário parece não ter nada, mostra uma priorização do relacionamento consigo mesmo.
E existe juventude sem crise? Melhor, existe vida sem crise? Sabemos que não. Aproveitando isso, a criadora Gabbie Fadel criou a série “Pare de mi-mi-mi”, na qual lê e-mails de seguidores contando suas crises existenciais, que ela comenta, além de propor soluções.
Já Mariana Fazan traz em seu canal dicas de amor e sexo, em especial para o público LGBTQIAPN+. São recomendações sobre como superar um crush, como se sentir confortável na hora de perder a virgindade ou como sair do armário para a família e para o mundo.
Com mais de 785 mil inscritos em seu canal, Guilherme Pintto também fala de relacionamentos, especialmente os amorosos, abrindo o jogo com seus seguidores por meio de reflexões bem íntimas. Ele os orienta, por exemplo, a como não aceitar um “amor ruim” ou como aprender a fazer falta – vídeo que foi visto por mais de 4,2 milhões de pessoas.
Adultecendo sem (muita) crise
Nossa sociedade, feita de adultos para adultos, criou uma forma preconceituosa de lidar com os jovens. Fala-se muito de seus hormônios, de seu humor e outras construções etaristas, que de tanto serem repetidas quase viraram verdade.
Mas essas “quase verdades” são sobrepostas pelas vozes dos Gen Z quando criam suas próprias narrativas, procuram se entender enquanto dão risada e se equilibram em meio ao caos. Seja no YouTube, seja na vida, eles encaram o processo com coragem porque sabem que não cabem em caixinhas.
Fonte: Youtube Vibes
Fontes (3)
1 Oxford Economics User Survey. Brasil, maio de 2022
Mais de 9 mil estudantes recebem, a partir de hoje (12), o Bolsa Permanência, do Programa Universidade para Todos (Prouni). O auxílio, no valor de R$ 400, pode ser utilizado em despesas com material didático, livros, transporte ou alimentação e está disponível na conta dos estudantes.
Contar histórias é uma ferramenta poderosa em um ambiente de aprendizado seguro com as normas de sala de aula que refletem respeito, honra e empatia. Quando os alunos são capazes de contar suas próprias histórias, ele ajuda a reverter qualquer mentalidade de déficit para criar uma mentalidade de ativos focada em que estudantes podem oferecer em cada sala de aula.
Neste post, discuto a ideia de “ecologia da identidade” e proponho um exercício baseado nesse conceito para estudantes migrantes e imigrantes no ensino médio e médio. Através desta atividade, os professores podem desenvolver uma melhor compreensão das experiências vividas de seus alunos, o que, por sua vez, permitirá que eles entreguem instruções que atendam às várias necessidades de seus alunos.
Ecologia da identidade
O psicólogo Urie Bronfenbrenner tentou capturar a influência do meio ambiente nas identidades das pessoas no que ele chamou de teoria dos sistemas ecológicos do desenvolvimento infantil. Nele, ele identificou as várias forças que moldam a maneira como desenvolvemos nosso senso de si mesmo. O modelo de Bronfenbrenner visualiza as várias dimensões das identidades das pessoas, como idade, gênero e etiquetas culturais, com círculos concêntricos que tornam a identidade, os valores, o clima social e o clima político das comunidades envolventes explícitas. Olhando para essas facetas juntas, temos uma ferramenta para começar a discutir a maneira como nossas identidades são moldadas pelo sistema ecológico que nos rodeia. Todos nós desenvolvemos nossas identidades dentro de um contexto social e cultural. Em certa medida, esse contexto impacta quais oportunidades temos na vida e nossa capacidade de nos expressar como desejamos.
A palavra ecológica refere-se ao campo da ecologia, que explora a relação entre um ser vivo e o ambiente em que vive. Através da linguagem da ecologia, Bronfenbrenner nos lembra que quem somos, e o que fazemos, são profundamente influenciados pelo nosso ambiente físico e social. Os humanos não vivem isoladamente e, portanto, nossas identidades se desenvolvem dentro de um contexto ambiental. Abaixo estão partes do ecossistema humano destacado por Bronfenbrenner. Enquanto os estudiosos diferentes usaram palavras diferentes para descrever os detalhes das camadas ecológicas no gráfico e enfatizaram diferentes aspectos da identidade, o formato básico permaneceu relativamente consistente desde que ele colocou sua teoria inovadora em 1979. Características individuais: idade, gênero, raça, etnia, nacionalidade, identidades culturais Microssistema: Família, pares, condições de escola / trabalho, vizinhança, associação comunitária Exosistema: Influências das mídias sociais, políticas locais e políticas, status legal e direitos Macro sistema: Tradições culturais, condições econômicas, leis, contexto histórico, atitudes comunitárias, preconceitos e tradições de inclusão. Identificando como cada camada do modelo ecológico refere-se à nossa identidade é particularmente útil para os recém-chegados, procurando desenvolver suas identidades em uma nova terra porque elas ou seus familiares transitaram recentemente de um contexto social e cultural para outro.
Ajudar esses alunos a isolar as mudanças na relação entre suas identidades e seu ambiente podem ajudá-los a navegar nos desafios de viver em uma nova terra. As experiências formativas de crianças imigrantes serão moldadas por interações recíprocas entre si e seu ambiente. Os contextos inter-relacionados de desenvolvimento em que crianças e jovens vivem moldam suas oportunidades e têm importantes implicações para os resultados educacionais e de bem-estar. O grau em que os alunos prosperam variam de acordo com vários fatores, incluindo características individuais, sua cultura, as pessoas que encontram e seu ambiente ao longo do tempo. Início da promoção do boletim informativo.
Na sala de aula
Comece a lição com uma discussão sobre as relações entre as histórias que dizemos, as oportunidades que temos, e nossas identidades como indivíduos, membros de famílias, membros de comunidades e dentro da nação. Você pode começar explicando à classe que por trás de todas as decisões e experiências há uma história. Pense em um momento que possa ter mudado sua vida: o que foi? Como mudou sua vida? Você também pode explicar que todo mundo tem uma história para contar: o que é seu e o que é meu, e como o ambiente moldou as histórias que compartilhamos? Para tornar as ideias sobre o concreto de discussão, introduza o conceito de Bronfenbrenner da ecologia da identidade e os alunos criem seu próprio mapa de identidade ecológica.
Ganho mesmo diferente
Depois de completar o quadro, dê aos alunos tempo para refletir sobre suas próprias identidades criando um visual, como um desenho, que represente sua “ecologia” de identidade. Peça aos alunos que formem pares ou criem pequenos grupos para compartilhar fazendo as seguintes perguntas:
O que você vê que é o mesmo entre os dois? Nomeie semelhanças e padrões. O que você vê de diferente? Cite as diferenças que você observa. O que ganhamos comparando os dois?
Pense fora da caixa
Além de usar o gráfico para exploração com estudantes imigrantes, este modelo pode servir como uma ferramenta maravilhosa para ajudar a entender as escolhas e dilemas que todos nós enfrentamos diariamente.
Ele pode ser usado como uma ferramenta para análise literária, social e histórica. Nos estudos sociais, isso pode ser usado para analisar a vida de uma figura histórica famosa; e no conteúdo literário, pode ajudar a descrever um personagem ou cenário de uma leitura.
Os educadores podem usar este gráfico para incentivar os alunos a explorar suas próprias identidades ou focar a reflexão em um personagem em um conto, romance, evento histórico ou situação social. Peça aos alunos que usem o mapa para refletir o clima escolar e a identidade que podem compartilhar para incentivar laços escolares mais fortes ou áreas de crescimento.
Crie um contrato de sala de aula usando as lições aprendidas com os mapas de identidade. Depois de criar seu contrato usando seus mapas de identidade, revise as normas de sua sala de aula. Eles precisam de revisão? Certifique-se de que essas normas promovam uma compreensão compartilhada do tipo de comunidade que você espera alcançar na classe e que todos os membros estejam cientes de suas responsabilidades para que isso aconteça.
Todo mundo tem uma identidade que se reflete em suas vidas diárias, mas essas identidades também são o que moldam nossas experiências com aqueles que nos rodeiam. Nossas experiências vividas refletirão como interagimos com as pessoas com as quais entramos em contato durante nossa vida, sejam amigos, colegas de trabalho, etc. ambiente acolhedor inclusivo.
O Instituto Ayrton Senna liberou a playlist completa do evento: “O SEMINÁRIO INTERNACIONAL MOTIVAÇÃO: EVIDÊNCIAS PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM“, escolha o tema e assista, ou, se preferir, faça a imersão no evento de uma só vez acessando o ultimo link com a playlist completa do evento.
📖 Motivação: uma estratégia para o avanço da aprendizagem e para uma educação com significado Assista em: https://youtu.be/rLUJDC3yJa4
🐵 Jane Goodall – Motivação para a ciência: A cientista inspiradora que revolucionou o conhecimento sobre os animais Assista em: https://youtu.be/Amdf6K2pWfs
Não, não é um novo tipo de equação matemática! A divisão digital é a lacuna que existe entre as pessoas no mundo que têm acesso a computadores, dispositivos móveis e à internet e as que não têm. Sabemos que quase metade do mundo ainda está offline, o que significa que metade do mundo ainda não consegue se beneficiar da era digital e da economia digital.
Para saber mais sobre a divisão digital, assista a este vídeo com Alice Munyua, diretora da Africa Mradi da Mozilla, ou continue lendo abaixo.
A divisão digital existe em toda parte. Nos Estados Unidos, há milhões de americanos sem acesso confiável à internet em suas casas, mas as diferenças nas taxas de conectividade entre os países mais ricos e os mais pobres são mais pronunciadas. Por exemplo, bem mais de 80% dos europeus têm acesso à internet, mas uma minoria das pessoas que vivem na região da África pode se conectar. E, globalmente, menosmulheres podem acessar a web do que homens.
No caso do continente africano, a divisão digital é previsivelmente impactada pelo custo. O continente tem a internet mais cara do mundo, de acordo com a Aliança pela Internet Acessível (Alliance for Affordable Internet).
Essa alta barreira à entrada tem muitas implicações. Uma coisa que a crise da COVID deixou claro é que precisamos de uma economia digital conectada agora mais do que nunca. Fazer uma simples videochamada pode ser uma experiência realmente frustrante para alguém na Índia ou na Nigéria, e apenas tente estudar em casa sem uma banda larga confiável!
Mesmo para as pessoas que estão on-line, ainda existem disparidades. Por exemplo, a brutalidade policial em um protesto em um local com acesso confiável à internet, como os EUA ou Hong Kong, provavelmente será muito melhor documentada do que na Nigéria, Zimbábue ou Tanzânia. E quando os estados fecham a internet aberta, como vimos em tempos de agitação civil ou durante as eleições presidenciais, os atores políticos podem criar condições que os favoreçam politicamente, com sérias implicações democráticas e cívicas.
Para as pessoas que têm a sorte de ter conectividade significativa, a internet fornece uma ligação crucial para informações que ajudam a manter suas famílias saudáveis e seguras, mantê-las empregadas, capacitá-las a estudar, se envolver no governo e exercer as liberdades políticas.
Em última análise, a divisão digital é um sintoma que nos aponta para um problema muito mais profundo em nossos sistemas econômicos e no desenvolvimento econômico. É um problema que existe tanto nos países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos do mundo. Para abordar a divisão digital, devemos abordar os desafios sociais e culturais subjacentes que a criaram.